A Copa do Mundo criou aproximadamente 35 mil vagas de trabalho na África do Sul, conforme informação de uma consultoria contratada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). Apesar da Copa ainda não ter terminado, o efeito dos empregos temporários já são sentidos pelos trabalhadores sul-africanos. De acordo com o índice Adcorp de Emprego, o nível de emprego no país caiu 6,2% entre os meses de abril e maio.
O índice oficial de desemprego continua alarmante, atingindo 25% dos sul-africanos. O desemprego cresce desde 2008, quando 21% da população já não tinha nenhuma ocupação. Segundo a Fifa, os efeitos da crise econômica mundial na África do Sul poderiam ser ainda mais devastadores sem o evento uma vez que 174 mil postos de trabalho não foram fechados em razão da Copa.
A situação é ruim também entre aqueles que se mantêm empregados. Manifestação de trabalhadores por salários maiores foram constantes antes do início do mundial e mesmo durante o evento. Protestos de trabalhadores foram duramente reprimidos pela polícia.
Seguranças contratados pela Fifa também denunciam que não estão recebendo o valor combinado, o equivalente a R$ 275 por partida. Depois do início dos jogos, o valor recebido foi de apenas R$ 90. Enquanto isso, a Federação já anunciou que os lucros da Copa sul-africana já superaram o da Copa da Alemanha e estão em torno de US$ 3,2 bilhões, quase R$ 6 bilhões.
De São Paulo,
da Radioagência NP,
Aline Scarso
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