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terça-feira, 20 de julho de 2010

Nos porões da vida a carga nunca é perecível. Esse navegar por universos flutuantes de chuvas de solidão, de humanidades que nos constroem como gente , de gotas de poder amar com maturidade , se desenvolve com os nossos mais arraigados valores .
É a nossa preciosa carga que , mesmo sem nossa interferência direta, assume o timão do barco e não nos deixa sucumbir no maremoto . São nossos e só nossos os valores que nos formatam a personalidade e lapidam o caráter nesta navegação. Herdados, construídos, consentidos ou doutrinados , são eles que haverão de nos acompanhar até a viagem final, seja qual for o destino após a linha do horizonte.
Os meus valores me ensinam que o importante mesmo nesta chegada é se amar o feio e a imperfeição, sem receber em troca o prazer , que as coisas belas e perfeitas nos proporcionam. Me ensinaram, também, mandar às favas minha própria condição de homem se condicionasse meus valores de fraternidade, solidariedade e amizade a possíveis dores ou desenganos no retorno. E , muito mais , me deram a certeza inexorável de não sobreviver eternamente neste corpo mas, mesmo assim, conservar meus valores acima da ética, da moral e da própria morte.

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