Ontem, Serra cometeu mais um arreganho terrorista. Disse que “com Dilma, as invasões do MST vão crescer”, criticou os acordos do Governo brasileiro com os países vizinhos, como a Bolívia e o Paraguai. Adotou, sem mais disfarces, a linguagem de “Rambo” da direita, como já era previsto que fizesse à medida em que sua candidatura fosse se dissolvendo.
Digo previsto porque, embora os nossos comentaristas políticos da grande imprensa não o dissessem, qualquer pessoa, mesmo com pouca experiência política como eu, tinha diante de si esta evidência. Há exatos dois meses escrevi aqui um post intitulado Acabou o “lulismo” de Serra , afirmando:
“Sei que é arriscado fazer previsões do tipo da que está aí em cima, no título, e se o caro amigo leitor me perguntar se tenho alguma informação de bastidor, sinceramente direi que não. Mas acho que está em curso uma rearrumação na campanha tucana. (…) Serra (…) vai aparecer como tem já aparecido nos últimos dias: o homem da autoridade, o repressor, o inimigo da esquerda latinoamericana, o “prendo e arrebento”.(…)
A direita vem com sua própria e feroz cara. A nós, cabe o combate em todas as frentes, preservando o presidente dos pequenos enfrentamentos. A Lula, cabe aguardar, com a lucidez e frieza de um zagaieiro, porque é sobre ele que a onça, acuada, vai saltar.
Esta campanha será um embate ideológico, por mais que os marqueteiros sonhem com uma campanha “propositiva” , montada à base de imagens bonitas e efeitos computadorizados”. A estratégia da direita será o medo abstrato. A nossa, as mudanças concretas, a realidade.
E as mudanças concretas na realidade têm um nome Dilma e um “sobrenome” de família : Lula. A cada “ameaça” que a direita serrista levantar, temos que combater com uma prova, com um argumento irrefutável: isso aconteceu com Lula ou foi o contrário? Ou que aconteceu com Lula foi uma melhoria nos conflitos, soluções negociadas e avanços - mesmo que não fossem todos os que se deseja – em matéria de justiça e paz social?
Não vamos esconder isso. Não vamos deixar que pequenos interesses eleitorais de candidatos – e eu sou um candidato, sei do que estou falando – se sobreponham aos nossos deveres para com o povo brasileiro. Domingo, na caminhada na em Copacabana – você pode ver as fotos aqui, e aderir ao Orkut do Brizolaco – , candidatos interessados em fazer “dobradinhas” me procuraram para fazer material onde Dilma aparecesse mais discretamente, para não perder votos na Zona Sul carioca, área onde Serra tem mais – e não é tanta – força eleitoral. Sem chance. Se quiserem fazer, façam sozinhos, mas não pensem que o povo é tolo e não verá que se apóiam em Dilma nos 90% da população onde Lula é forte e a escondem onde o apoio é menor.
Este tipo de político faz a velha política, porque pratica o oportunismo e treme de medo diante de qualquer pequena dificuldade local. Escrevam o que digo: vão ser tragados pelo povão, que vai com Dilma e com quem com Dilma e Lula estiver.
A tática terrorista de Serra não vai colar, como não colou o seu falso “lulismo” de meses atrás. Vou desmontar suas afirmações nos próximos posts.
Uma onda vai varrer este país. Uma onda morena, branca, mulata, negra; uma onda da cor do povo brasileiro que viu a esperança e que está se erguendo, com uma força que só o povo pode ter.
Irresistível, invencível, que vai levar de roldão os espantalhos de papel impresso com mentiras com que tentam dete-la.
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