No dorso de égua que se desenha nos teus contornos,
me faço bestial fera babando feito touro louco.
Convoco meus instintos pra te devorar pouco-a-pouco,
como fazem as cobras, a besta fera e os lobos.
Levantas e andas na direção do matadouro,
tal e qual as vacas que sabem seu final.
Dobra-se, adivinhando as ordens, submissa,
se faz menina, finge com gestos de mulher fatal.
Deliras ao receber a vida latejante em tuas mãos,
acaricias como a condenada faz em súplicas a seu algoz.
Faz desse gesto e da ereção um troféu de teus caprichos,
e, por fim vitoriosa, subjuga o macho no seu dominar.
Manda que manda no rebolar das ancas de fêmea,
no cio despertado de lavras transbordando em gozos.
Grita ao mundo as sensações vividas no teu cavalgar de égua,
e te completa, mais ainda, nos urros do macho submisso e dominado.
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