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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

SE BEBER FOSSE PECADO
O HOMEM DE NAZARÉ TERIA TRANSFORMADO ÁGUA EM FANTA UVA

A idade de ser feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma
época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos. Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.
QUINTANA

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo...
Já segurei nas mãos de alguém
por estar com medo,
Já tive tanto medo ao ponto de nem
sentir as mãos...

Já expulsei pessoas que amava
da minha vida,
Já me arrependi disso...
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...

Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram...
Já passei horas em frente ao espelho
Tentando descobrir quem sou...
Já tive tanta certeza de mim,
Ao ponto de querer sumir...

Já menti e me arrependi depois,
Já falei verdade e também me arrependi...
Já fingi não dar importância à pessoas que amava, para mais tarde chorar
quieto no meu canto...

Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
já deixei de acreditar nas que realmente valiam...

Já tive crises de riso quando não podia...
Já senti muita falta de alguém,
Mas nunca lhe disse...

Já gritei quando devia calar,
Já calei quando devia gritar...
Já sonhei demais
Ao ponto de confundir com a realidade...

Já tive medo do escuro...
Hoje, no escuro, me acho, me agacho,
fico ali...

Já caí inúmeras vezes
Achando que não me iria reerguer...
Já me reergui inúmeras vezes
Achando que não cairia mais...

Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria...
Já corri atrás de um carro
Por levar alguém que eu amava embora...

Já chamei pela mãe a meio da noite
Fugindo de um pesadelo,
Mas ela não apareceu
E o pesadelo foi maior ainda...

Já chamei pessoas próximas de 'amigo',
E descobri que não o eram...
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão
especiais para mim...

Não me dêem fórmulas certas
Porque não espero acertar sempre...
Não me mostrem o que esperam de mim
Porque vou seguir o meu coração...

Não me façam ser quem eu não sou,
Não me convidem a ser igual
Porque sinceramente sou diferente...

Não quero amar pela metade,
Não quero viver de mentiras,
Não quero voar com os pés no chão...

Quero poder ser eu mesmo,
Mas com certeza, não serei o mesmo para sempre...
Sei que agora você tem pra onde e principalmente pra quem voltar, mas sei também da intensidade do que sentimos um pelo outro e da beleza de tudo que vivemos juntos.

Dilma, Cristina e a “falta de um homem”

A morte de Néstor Kirchner levanta uma série de questões relevantes para a política da Argentina e do nosso continente. O ex-presidente, responsável pela impressionante recuperação argentina depois do fundo do poço do “corralito”, era cotado para ser o candidato a presidente do peronismo na sucessão de Cristina. Mesmo fora da Casa Rosada, Néstor era o articulador desse bloco de centro-esquerda que, nas últimas eleições congressuais, obteve resultados abaixo do esperado. A oposição de direita, capitaneada por Macri (empresário e ex-presidente do Boca), tem o apoio da velha mídia e dos setores agrários conservadores descontentes com Cristina. Certamente, essa oposição terá muita força na sucessão em 2011.
Todas essas são questões importantes. Ok. Mas o que não dá pra aceitar é a pauta apresentada – por exemplo – pelo “Jornal da Globo”: será que Cristina dá conta de governar, sem o marido?
É de um machismo tão fora de época que a gente fica até com preguiça de discutir. Cristina não é “apenas” a “esposa” de Kirchner. Isabelita era “apenas” esposa de Peron nos anos 70. Os tempos eram outros. E deu no que deu – Isabelita (era a vice do marido e, com a morte de Perón, assumiu o poder) foi uma presidenta fraca, que abriu caminho pra ditadura.
Cristina, não! Ela militou ao lado de Nestor, contra a ditadura. Tem vida própria, luz própria. O marido tinha liderança e isso ninguém contesta, mas querer reduzir Cristina ao papel de “esposa”, ou agora “viúva”, é quase inacreditável.
Por que falo disso agora? Porque vários leitores relatam que, no telemarketing do mal aqui no Brasil, há um novo telefonema na praça. Uma voz – feminina - pergunta ao cidadão incauto: ”será que a Dilma dá conta, sem o Lula?”
O machismo é o mesmo – contra Dilma e Cristina. E eu me pergunto: em que século vivem os marqueteiros do mal e os editores do “Jornal da Globo”?
Dilma não precisou segurar na mão do Lula quando – aos 17 ou 18 anos – foi pra clandestinidade lutar contra a ditadura. Dilma não precisou do apoio de Lula quando esteve presa, nem quando resistiu aos toturadores.
Dilma tem trajetória própria. Os tucanos, por menosprezar essa verdade, acreditaram na balela vendida por mervais e jabores: “ela não resiste à campanha sem o Lula”. He, he. Machista, normalmente, leva um susto quando vê que a mulher não “precisa” de homem.
Uma coisa é reconhecer: Lula é um líder popular imensamente mais carismático que Dilma. Isso é fato. Ponto. Outra coisa é querer reduzir Dilma ao papel de “a mulher que Lula indicou”. Dilma foi secretária de Energia pelo PDT gaúcho. Lá, não havia Lula. Foi escolhida ministra por méritos próprios.
O machismo e a arrogância de Serra nos debates - ”a candidata não entende minha pergunta”, “acho que você não compreende bem” – lembram-me Maluf chamando Marta de “dona Marta”. É um machismo tosco, que se revela agora no telemarketing desesperado da reta final.
Eu – que como todo homem brasileiro – já fiz piadinha machista e já disse frases que certamente irritariam qualquer feminista, posso dizer com sinceridade: as mulheres lidam muito melhor com a ausência de um companheiro do que nós homens. É fato. Claro que há exceções. Claro que os homens estão aprendendo a - eventualmente – lidar com a solidão e com a necessidade de caminhar sozinhos.
Mas, sejamos honestos: há velhinhos que – ao perder a mulher - não resistem mais do que 1 ano. Preferem morrer. Não dão conta sozinhos. As mulheres, não. Víúvas ou divorciadas, seguem em frente. Podem até casar de novo. Mas não “precisam” de um homem na mesma medida em que o homem parece “precisar” de uma mulher.
Marqueteiros e jornalistas (homens) talvez projetem para mulheres poderosas (como Cristina e Dilma) a fragilidade e o medo que eles mesmos sentem diante da possibilidade de ficarem “sozinhos”. São marqueteiros e jornalistas que talvez tenham vontade de segurar na não da “mamãe-esposa” quando ficarem velhinhos. Nada de errado nisso. Todos nós temos nossas fragilidades – homens ou mulheres.
Cristina vai sofrer, vai sentir a falta de Néstor – como qualquer um que perde o companheiro da vida toda. Pode ganhar ou perder a sucessão. Mas isso não terá nada a ver com a ausência do “marido”.
Dilma - também – não é mulher que precise viver à sombra de homem nenhum. Não é à toa que teve como companheiro, durante tantos anos, alguém que é capaz de dar uma entrevista tão corajosa, firme – e ao mesmo tempo carinhosa – como a que podemos ler aqui.
Só um aperitivo do que disse Carlos Araújo a “O Globo”, sobre Dilma:
Quem mandava na casa?
Carlos: Nossos parâmetros não eram esses, de quem manda, não manda. Éramos companheiros.
Não era nosso estilo um mandar no outro. Foi uma bela convivência. Tivemos uma vida boa juntos, tenho recordação boa, não é saudade.
O resto – digo eu – é machismo jornalístico. E babaquice marqueteira.
Rodrigo Vianna
publicado no blog Escrevinhador
Durante uma festa de arromba, o anfitrião, já cheio de cana, gritou para a multidão:

-Aê...pessoal...eu não queria dizer uma coisa pra vocês...mas é que a minha piscina é mágica!!!
A turma, pensando que era delírio do dono da casa, começou a rir.
Nisso, o cara sai correndo, dá um pulo na piscina e grita: CERVEJA!!!
A água vira cerveja, o cara nada, vai bebendo e, ao sair do outro lado, a piscina volta ao normal.
Um italiano, abobado com o que estava presenciando, também sai correndo, dá aquele salto e grita: VINHO!!!
E a água se transforma em vinho.. Ele nada, sai do outro lado bebendo e, novamente, a água volta ao normal.
Um francês vai lá, dá um pulo para dentro da piscina e grita: CHAMPAGNE!!!
E a água vira champagne!! O francês nada, se esbalda, e sai.
O portuga, vibrando de emoção, sai correndo e, quando vai pular, sua mulher grita:
- Manoel!!! Estais com o 'celulaire' e a 'cartaira' no bolso!!!
E o português grita:
- P O R R A !!!!!!!

domingo, 24 de outubro de 2010

sai dessa...

é pior que batom na cueca !
Caros, não sou muito de fazer proselitismo político pela internet. Mas às vezes não dá pra resistir.
Maria Rita Kehl, uma das maiores psicanalistas do país, acabou de ser demitida de um dos jornalões do país – o Estado de São Paulo. A oposição e a mesma mídia argumentam que o “pluralismo”, a “liberdade de imprensa”, a “liberdade de expressão” estão em perigo. A mesma mídia e a oposição, a quem ela descaradamente apóia, e que a comprou a peso de ouro (ver as verbas que o Serra lhe destinou). Liberdade, sim, pra uns. O resto, favor calar o bico. A razão da demissão: uma crônica que Maria Rita escreveu. Reproduzo um trecho:
“Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.”
Conhecemos o discurso a que ela se refere. A Dilma estaria na frente por conta dos votos dos “rincões” mais atrasados deste país. E equaciona-se miséria econômica com miséria mental.
Sim, em termos regionais, a Dilma está na frente apenas no nosso querido nordeste (tomo a liberdade da primeira pessoa do plural). Mas o discurso esquece que no SE, NO e CO, há praticamente um empate técnico. E o Serra só está à frente no SU – não por acaso onde o país tem os melhores IDH.
Estou agora em Canaan, distrito perdido nos confins do Trairi, município perdido nos confins do Ceará, estado perdido nos confins do Nordeste. Onde mesmo?!... Ah, no Nordeste...
Permito-me um depoimento pessoal. Conheço Canaan há 46 anos. Lá fizemos uma casinha, nosso refúgio tropical. Estagnado até oito anos atrás. Que coincidência... Hoje, a dinâmica econômica do distrito impressiona pelo número de novos estabelecimentos, pelo movimento na praça da igreja (de cara nova), pelo dinheiro que corre, pelas motos que substituíram os jumentos. Bom pra eles, coitadinhos. Agora, só fazem passear pelas bordas das dunas, ociosos, onde têm uma graminha pra comer. Foram libertados para se virarem por conta própria. Pois é, quando Canaan muda...
Decerto essas mudanças não são tão perceptíveis para nós urbanóides, habitantes das metrópoles, que nos damos conta delas, mudanças, mais mediante números frios que pelos sete buracos de nossa cabeça.
Mas nem tanto só por números frios, para quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir. Minha experiência recente no CNPq mostrou como explodiram (não implodiram...) os recursos para ciência e tecnologia. E a ampliação das universidades públicas federais, estagnadas de pires na mão há tanto tempo, devia falar por si própria – particularmente para nós, que nelas labutamos.
Não, isso não conta. A guerra é moral – voltamos à Idade Média num fundamentalismo religioso, entre outros, que faria as delícias de Bush/Blair (a propósito, por favor lembrem-se que os verdes internacionais defenderam a guerra contra o Iraque). Confesso não dispor de um corruptômetro. Não saberia dizer se a corrupção é menor ou maior neste que em governos passados. É tolice ou sacanagem, negar a atual ou a passada. Desconfio que ela era maior nos governos passados, como os dados no final desta mensagem mostram, mas não faço disso um cavalo de batalha. Quando do mensalão do PT, me desfiliei do partido. Era o mínimo que poderia fazer. Agora, o gozado é que a mídia tem curiosa amnésia quanto ao mensalão do PSDB, quanto a FHC ter comprado a R$ 200.000,00 a cabeça a reeleição dele etc. etc. etc. (rememorem a lista dos escândalos ao final da mensagem).
A corrupção é endêmica neste país, é uma doença mais difícil de erradicar que a miséria econômica. Está na raiz mesma da estrutura do estado patrimonial / clientelístico brasileiro. Talvez eu seja acusado de cinismo, de defender uma “corrupção de resultados”... Não vou ficar bravo porque não é isso o que mais importa agora.
Com todos os problemas e contradições e alianças espúrias e Erenices da vida e corrupção etc. etc. etc. estamos numa encruzilhada apontando para dois países distintos: regressar ao capitalismo mais selvagem que conhecemos (que talvez esteja afundando na crise que se prolonga, mas nunca se sabe, o último fôlego desse gato já foi anunciado ad nauseum mas ele sempre tem mais um...), ou continuar num outro troço, inaugurado oito anos atrás, que ninguém ainda conseguiu definir com clareza, mas que é diferente. Paul Singer ousa dizer que estamos embarcando num novo modo de produção – o da economia solidária. Sei não, talvez seja exagero, talvez não, é cedo pra dizer. Decerto é outro o estado e o seu papel – estado que assume uma responsabilidade social, que dá crédito farto principalmente para quem nunca teve acesso a ele, que utiliza recursos públicos para fins públicos, não para financiar empresas internacionais no processo de privataria... No máximo, estamos vendo a geração de um novo modo de produção, como quer otimistamente Singer, mas no mínimo estamos testemunhando um estado que compensa minimamente as mazelas do capital. Ou isso não importa? Dizia Betinho: quem tem fome tem pressa – é uma questão de vida ou morte. Estamos, sim, testemunhando uma revolução pacífica talvez sem precedentes.
Caros, relutei em escrever essa mensagem. Mas não fiquei em paz enquanto não o fiz. Portanto, lá vai. Não sei as posições de todos sobre o tema. Mas queria que, pelo menos, vocês soubessem da minha, nesta forma menos pública (publicamente, assinei um “manifesto de intelectuais” – sei lá se mereço o título – em favor da candidatura da Dilma cuja iniciativa está sendo coordenada por Emir Sader, uma das mentes mais lúcidas deste país).
Grande abraço,
Professor Fernando Holanda
Quando sua mulher fica grávida, todos alisam a

barriga dela e dizem "parabéns".

Mas ninguém apalpa seu saco e diz "bom trabalho"