Ricardo Teixeira já deve ter bem claro na cabeça o perfil do técnico que tentará contratar para substituir Dunga. Não se sabe se o presidente da CBF conseguirá fechar um acordo com o preferido ou se terá de se contentar com uma segunda opção. Pelo menos seis nomes estão sendo comentados para o cargo. A seguir, vantagens e desvantagens de cada um deles caso fossem escolhidos para a função:
A favor: É o nome de consenso, que assumiria o cargo com apoio popular e cacife suficiente para promover a reformulação que a seleção tanto precisa antes de disputar o Mundial de 2014. Como se isso não fosse o bastante, conhece o caminho das pedras: é o técnico do penta, em 2002, última Copa conquistada pelo Brasil.
Contra: Já está comprometido com o Palmeiras, e não gosta de quebrar seus compromissos. Assim como Dunga, também teve atritos com a imprensa, ainda que tivesse muito mais jogo de cintura para lidar com os jornalistas.
A favor: Assim como Dunga, tem um currículo respeitável como jogador e imagem positiva na seleção. Ao contrário de Dunga, não acha que o mundo está contra ele – na hora de lidar com as pressões internas, na CBF, e externas, diante da imprensa e da torcida, tiraria de letra todas as situações espinhosas.
Contra: Ao contrário de Dunga, não estrearia como técnico pegando a seleção logo de cara. Assim como Dunga, não pode ser considerado um técnico experiente, pois tem só uma temporada na função, como treinador do Milan.
A favor: Técnico da nova geração, fez boas campanhas no comando do Grêmio e do Corinthians. É treinador de um clube que conta com ampla influência na CBF – o presidente corintiano Andrés Sanchez foi o chefe da delegação do Brasil na Copa.
Contra: Tirando Grêmio e Corinthians, tem pouco a apresentar no currículo. Sua experiência internacional é limitada. Além disso, será que é mesmo a hora de outro gaúcho mau humorado que gosta de dar patadas nos jornalistas?
A favor: Já foi um dos melhores técnicos do Brasil.
Contra: Já foi um dos melhores técnicos do Brasil – faz tempo que não consegue emplacar uma campanha vitoriosa, mesmo tendo a chance de treinar boas equipes. Tem experiência na seleção, mas sua saída foi conturbada, e seu trabalho, decepcionante.
A favor: Tricampeão brasileiro comandando o São Paulo, é profundo conhecedor do futebol nacional – o que pesa a favor no caso de uma seleção que poderia muito bem ter mais jogadores em atividade no país.
Contra: Além de ranzinza e de difícil trato, tem uma característica de trabalho que pode não encaixar com a vaga na seleção. Muricy costuma precisar de tempo e muito treino para formar suas equipes. Além disso, a Copa não é disputada em pontos corridos, sua especialidade, mas sim no mata-mata, seu grande fantasma (no São Paulo, caiu por causa dos fracassos nas etapas eliminatórias).
A favor: Treinador jovem mas já experiente, sabe trabalhar com atletas de pouca idade, conhece tanto o futebol europeu como o brasileiro, tem bom trânsito na CBF e história na seleção. Além disso, é calmo e sabe lidar bem com as pressões da imprensa e da torcida.
Contra: Já teve uma chance de ouro ao ser encarregado de treinar a seleção olímpica. Não conseguiu sequer classificar a equipe para os Jogos de Atenas-2004.
REVISTA VEJA
(Por Giancarlo Lepiani, da Cidade do Cabo)
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