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terça-feira, 14 de setembro de 2010

O toc-toc enervante no beco enegrecido

enche o silêncio de significação:
são becos tortuosos de mentes torturadas;
são frutos delinqüentes de amores de calçada;
são passos de um coração embrutecido.

Um homem se debruça em folhas de palavras,
que aquecem, reconfortam e sujam...
As folhas dos jornais são tudo e quase nada
em sua marginal vida de vagabundo.

O toc-toc enervante num beco esquecido,
anoitece a solidão do desamor.
Seus dias de venturas e fanfarras
são hoje lembranças da madrugada;
são sonhos mergulhados num copo de cachaça.


Um homem e o toc-toc na lua conquistada
tropeçam nas pedras de urânio do caminho.
Suas trilhas se confundem com mil encruzilhadas...
as luzes dos faróis é o sol em disparada,
que encandeia, tritura, ilumina e mata
o homem e o toc-toc no beco corrompido.

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