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sábado, 11 de setembro de 2010

A corda é a cobra grande que habita Teu rio
e acorda rios de encantados em procissão de fé.
Desperta no comum o poder de ser capaz
da mágica superação de seus próprios limites,
da ressurreição dos corpos, da eternidade em vida, do poder total.

A corda é ungida no suor de corpos entrelaçados,
nos braços e braços que oram muito sem sentido ,
mesmo sentindo a mais sublime forma de oração,
no dilatar dos poros, na absorção dos rostos, na integração final.

A corda se forma na materialização dos sonhos
de homens e mulheres que se transformam em elos.
Atrizes, meretrizes, chiquitas bacanas e doutoradas,
todos e todas se juntam numa só corrente de poder.

A corda pode e faz crescer crescendo
em múltiplas manifestações do amor.
Faz de seu caminhar o próprio Círio ;
é a extensão da Senhora em seu andor.

A corda é mais que corda sendo corrente,
como corrente é a correnteza do rio para o mar.
Pororocas de juras eternas de uma pagar de dívidas,
Divididas em dádivas de seu caminhar.

A corda é a própria multiplicação da Santa
em pecadoras súplicas balbuciadas em coro.
É o cântico da Mãe a acalentar Teus filhos ;
é o grito de liberdade de Teu povo.

Belém já respira Círio

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