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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

'Às vezes é melhor ficar quieto e deixar que pensem que você é um idiota, do que abrir a boca e não deixar nenhuma dúvida .'
Terminando mais um período de ‘HORÁRIO DE PROPAGANDA POLÍTICA OBRIGATÓRIA”, meus 61 anos de platéia me autorizam a avaliar o espetáculo e, confesso, com toda a parcimônia de quem já aprendeu seu papel na platéia, não entender nada ou quase nada a onde querem chegar os magos marqueteiros e seus asseclas “fazedores de leis”, aos escreverem os enredos e dirigirem tão pessimamente o espetáculo.
Isso, confesso mesmo com muita sinceridade, tem me levado a desligar a televisão quando acabam os programinhas das candidaturas majoritárias e pouca atenção prestar aos tais “debates” (mais parecem entrevistas para emprego num circo) entre presidenciáveis e governanciáveis (êta!).
Completando isso, o manancial de parvoíce que inventaram pra justificar uma tal igualdade de condições entre os postulantes, além de risível, é extremamente embrutecedor para um povo que só há 20 anos está reaprendendo o processo eleitoral como um instrumento de poder. “NÃO-PODE-ISSO-ISTO-AQUILO-OUTRO-NÃO - PODE!”, “BOCA DE URNA É CRIME” (e os institutos de pesquisas divulgam a rodo exatamente isso) e “NÃO-PODE-NÃO-PODE-NÃO-PODE...”
E O QUICO ?! (diria Arlobelorível, magistral personagem do meu compadre Eysler Bentes).

O quico é o seguinte: algum abominável deus da Mídia ou fazedor da lei eleitoral poderia me responder ?
1. Será que este desfilar de anônimos, desconhecidos e jamais vistos postulantes a cargos proporcionais, lendo em 30 segundos um “textículo” dizendo que VAI FAZER E ACONTECER, realmente GANHA VOTOS ?!
2. Será que colocar um bando de BOCO-MOCO (aquele que entra mudo e sai calado) nas esquinas das cidades segurando bandeiras, realmente GANHA VOTOS ?!
3. Será que proibir camisetas, chaveiros e outros mimos, realmente IMPEDE A COMPRA DE VOTOS?!
4. Por fim, será que este FORMATO GLOBAL de debates, onde não se debate porra nenhuma e se torna um festival da mesmice do “horário obrigatório” com a mesma cantilena do “EU PROMETO” “EU FIZ” e “EU FAREI”, onde se privilegia os “formadores de opinião” a despejar perguntas direcionadas pelos donos da empresa e tudo isso “mediado” por uma figura (exportada do sul maravilha), que mais parece aquele velho inspetor de escola sempre brandindo chicotes inimagináveis para quem ousar “quebrar o protocolo” no calor dos “debates”. Repito: será que este carcomido, arcaico e antidemocrático formato é mesmo preponderante para a escolha do eleitor ?

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