http://twitter.com/alcirfmatos

domingo, 26 de setembro de 2010

Movimentos anti-guerra estão sob a mira do FBI

Membros de grupos anti-guerra nos Estados Unidos dizem que estão sendo assediados pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) por causa de sua oposição à guerra liderada pelos EUA.
"O FBI está assediando organizações e líderes anti-guerra, pessoas que se opunham à intervenção dos EUA no Oriente Médio e América Latina", disse o ativista anti-guerra Mick Kelley, em Minneapolis.
No início na quarta-feira, o FBI invadiu oito casas em Minneapolis e Chicago como parte de uma investigação sobre terrorismo. Eles teriam supostamente confiscado arquivos de computador, fotografias, cadernos e diários de Kelley.
O porta-voz do FBI Steve Warfield disse que as provas relativas ao apoio material ao terrorismo está sendo investigado. "Nós não estamos antecipando qualquer prisão neste momento", acrescentou Warfield.
Jess Sundin é outra ativista anti-guerra de Minneapolis que tem sido procurada por agentes do FBI. Ela também disse que as buscas estavam relacionadas com a oposição do Comitê Anti-Guerra de Minnesota para a ajuda militar dos EUA à Colômbia e Israel, bem como a sua oposição às guerras no Iraque e no Afeganistão. "É ultrajante que cidadãos dos Estados Unidos possam ser atingidos dessa maneira", observou Sundin.
A casa de Steff Yorek também foi invadida. Ele disse que as buscas foram realizadas por causa de sua oposição à guerra liderada pelos EUA e da opressão dos palestinos. Ele negou veementemente qualquer envolvimento em atividades que poderiam ser ligados ao terrorismo.
Em 21 de setembro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou o FBI de prestação de declarações falsas e enganosas sobre o terrorismo.
Um relatório do Escritório do Inspetor-Geral diz que o FBI iniciou investigações indevidas após os eventos do dia 11 de Setembro nos Estados Unidos, dizendo que o gabinete rotulou protestos pacíficos como atos de terrorismo.
O relatório cita também um comício anti-guerra em 2002 em Pittsburgh, que foi ligado ao terrorismo. Ele diz que o FBI usou poucas evidências para colocar os membros do grupo ambientalista O Departamento de Justiça pediu ao FBI para rever as suas políticas, especialmente em relação aos casos de terrorismo doméstico.
O grupo é organizado no Cities anti-war Committee e se articula internacionalmente com instituições como a Palestine Solidarity Group, a Colombia Action Network, os Students for a Democratic Society e a Freedom Road Socialist que, em 2008, estiveram em São Paulo participando da Convenção Nacional Republicana e de marchas anti-guerras.
A ação do FBI objetiva formar banco de dados, que identifiquem o grupo com acusações de terrorismo, numa prática de criminalização dos movimentos sociais, que bem conhecemos aqui no Brasil.
Por isso, o blog se solidariza com o movimento anti-guerras e solicita que você telefone para o Procurador Geral Eric Holder (202-353-1555) ou escreva um e-mail para AskDOJ@usdoj.gov  solicitando que;
 pare a repressão contra ativistas anti-guerra
 sejam devolvidos imediatamente confiscados todos os materiais: computadores, telefones celulares, artigos, documentos, etc.
 termine o processo de júri contra ativistas anti-guerra

Nenhum comentário:

Postar um comentário