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domingo, 4 de abril de 2010

POESIA ATEMPORAL

Para Esperança O que faço eu ?! Às vezes paro e leio. Descompasso... Minha cabeça ficou sem régua nem compasso. Ouço o vento balançando o mato. O cachorro dorme a meu lado. O tempo parou... nem ando, nem falo, não penso nos fatos. Meu coração pulsa como na adolescência, sinto-me sozinho em um lago, em um largo, em seu laço. O tempo parou... e vem o Passado à minha cabeça. Me vejo parado e fardado, com a farda do nosso tempo te esperando em algum lugar do meu coração. Quantas vezes passaste por mim e não te vi ! Quantas vezes o teu olhar estava lá e eu não vi. Quantas vezes a perdi !"

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