Rui Santana
http://semlivros.blogspot.com/
domingo, 4 de abril de 2010
POESIA ATEMPORAL
Para Esperança
O que faço eu ?!
Às vezes paro
e leio.
Descompasso...
Minha cabeça
ficou sem régua
nem compasso.
Ouço o vento
balançando o mato.
O cachorro dorme
a meu lado.
O tempo parou...
nem ando, nem falo,
não penso nos fatos.
Meu coração pulsa
como na adolescência,
sinto-me sozinho
em um lago,
em um largo,
em seu laço.
O tempo parou...
e vem o Passado
à minha cabeça.
Me vejo parado
e fardado,
com a farda do nosso tempo
te esperando
em algum lugar do meu coração.
Quantas vezes
passaste por mim
e não te vi !
Quantas vezes
o teu olhar
estava lá e eu não vi.
Quantas vezes a perdi !"
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