Numa eleição, os operadeores de campanhas em declínio costumam desenvolver delirantes formas de esperança.
Esperam, por exemplo, que os fatos tratem o seu candidato com uma deferência que o eleitorado acha que ele não merece.
Tome-se o caso do tucano José Gregori. Tesoureiro das arcas de José Serra, ele disse que as pesquisas estão "querendo se sobrepôr às urnas".
Acha que “essa coisa de considerar que já há um vencedor e um vencido, quase 40 dias antes da eleição, é uma coisa que cheira a pré-fascimo".
Afirma que "as pesquisas no Brasil, infelizmente, estão funcionando como uma espécie de mortalha da democracia”.
Acrescenta: “É uma coisa que nenhum democrata, nenhum tucano e nenhum petista pode admitir". Em ato realizado nesta quinta (26), discursou: "Não podemos nos acoelhar".
Ao investir contra as sondagens eleitorais, Gregori porta-se como um comandante de navio que, alcançado por uma tempestade, queixa-se da existência do mar.
O curioso é que parte do dinheiro que passa pela caixa coordenada por Gregori é usada no pagamento de pesquisas encomendadas pelo tucanato.
Numa ponta, servem para orientar o candidato. Noutra, orientam os financiadores. Tomado pelas palavras, Gregori acha que só o eleitor deve permanecer desorientado.
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