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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Na mesa a cerveja qual espuma a me navegar,

um disco de Caymmi na vitrola.
Eu sinto teu perfume e procuro tua ausência
nos lábios avermelhados de desejos fúteis.

Levanto, pago a conta, o meu troco é a solidão.
Meus passos na calçada marcam rumos sem destino.
Eu finjo mil desculpas, tudo é cheio de vazios.
Se rio contrafeito,rio de mim por ainda te querer.

Em casa a novela tenta em vão me convencer,
que a solução está no próximo capítulo.
Eu capitulo na embriagues da desesperança
e vislumbro seu vulto se perdendo na imensidão.

O dia amanhece quando adormece a dor
da ausência que tua presença me traz.
Essa palpitação acelerada desse velho peito,
pra meu desespero, é só defeito de fabricação
desse velho coração safenado.

Sucumbiu no tempo o amor temporão que tivemos,
o tempo é de muda nas estações da vida.
Faz dessa doce lembrança início de tua nova trilha,
melhor para nós é a distância,
distante te amarei melhor.

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