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sábado, 21 de agosto de 2010

COLfamília e os ganhos extras

Gastos públicos podem se perpetuar após o Mundial
A forma como foi montado o Comitê Organizador Local (COL) da Copa 2014, é rejeitada por um terço da população brasileira. O órgão movimenta um orçamento de U$ 400 milhões e possui apenas cinco integrantes, todos escolhidos pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que também acumula o cargo de chefe do COL.
O Comitê/2014 foi formado em 2008 e desde então, é composto por: Ricardo Teixeira; sua filha, Joana Havelange – gerente-geral; o advogado de Teixeira, Francisco Mussnich – consultor financeiro; pelo arquiteto Carlos de La Corte – consultor de estádios e o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva – diretor de comunicação.
A preocupação da população está exatamente nos gastos do dinheiro público com as obras e reformas dos estádios e a forma como toda essa verba será devolvida aos cofres públicos após o mundial.
Sem contar no retorno do dinheiro, as cidades sedes podem ter um gasto extra de cerca de 25% a mais dos orçamentos apresentados, os chamados aditivos financeiros para o término das obras, além de poderem assumir o dobro da dívida permitida pela Lei de Responsabilidade Fiscal, como diz a Medida Provisória assinada pelo presidente Lula.
Somando ao fato da eliminação das licitações dos processos de obras para a Copa-2014, a preocupação com o dinheiro público só aumentou. Mas o que ninguém ainda pensou, foi na forma como os trabalhadores contratados para a organização do evento, serão tratados após a Copa do Mundo.
Alguns trabalhadores públicos terão um aumento salarial caso aceitem serem remanejados, ou seja, trabalhar em outro local. Outros serão contratados e pagos com dinheiro das prefeituras. Caso esses aumentos salariais permaneçam por determinado tempo, os trabalhadores públicos poderão pedir para que esse incentivo temporário seja fixado em seus salários permanentemente.
Já os contratados, após um determinado tempo prestando serviços para as prefeituras, podem exigir o cargo e serem efetivados. E quando se aposentarem receberão salários integrais, como um funcionário público concursado.
Mônica Formigoni

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