Se o que há de nós não sabemos tudo,
E quando ao acordar nada fizesse o menor sentido
E olhássemos nos espelhos e víssemos a morte passando sobre
Nós, e a dor do medo não tivéssemos senha de partida.
Não teríamos como sair do lugar,
Estaríamos presos a estação do nada
E a uma estupidez tacanha, frouxa, aniquiladora
O que faríamos então. Pediriam perdão e desculpas excessivas
Ou roubaríamos a cena de nos mesmos,
E mataríamos a solidão plugando nossos disk-man
Como a canção da dor
Na recusa de nós,
Pelo que não fomos capazes de fazer.
Que bem faríamos se pulsemos a mochila de viagem as costas
E corrêssemos becos, mundos, estações sem pais nem pátria,
Sem nada temer porque a senha de chegada é uma incógnita diante do previsível no tudo ou nada.
Dário Azevedo
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