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domingo, 2 de maio de 2010

O muro Invisível

Quedamos, quedamos inúmeras vezes: sentinelas. Resignificamos, reconstruirmos, nos negamos negando os outros com ristes e desdém: Tijolos por tijolo, cimentos sem massa alicerces sem métrica Quadrantes e quimera no cadafalso que moveu nossa existência; fundo à morte. Invisivelmente, indivisivelmente pouco talvez virem girar o mundo que se escondeu por trás do muro de cada um de nós; Das representações, das sensações, das acusações entre: Tu e eu, tu e eu tu e eu/eu e tu eu e tu eu tu, eu: nós. Na tentativa de reunificação, nada menos atroz, as sandices, As premissas que o tempo revalida, enfim o que somos não seriamos: Antes, antes, antes/ontem, ontem, ontem/hoje, hoje: sós. Aproximamos de fato o que, a fragilidade cava e enamora feito ânima no tempo de envelhecer; morrer nada mais para ir além de nós: idiossincrasias, tautologias, apocalipses em desconstrução: fim dos tempos retorno à caverna, silêncio: Somente o tempo do adeus, na farta partida, negando ilusões, estórias malcriadas: cataclismos que a cisma insiste acender Idas e vindas, idas e vindas, idas e vindas/vem,vem vem, vão: vagando invisivelmente pra além de nós: Muros, nada além. Somente o álibi adormecido em nós. Senão ressentimento, amor de pólvoras e pitadas de fel em via crusis, se a liberdade for tosca. Dário Azevedo.

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