Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com OUSADIA, pois o MUNDO pertence a quem se atreve, e a vida é muito pra ser insignificante
(Charles Chaplin)
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
(Carlos Drummond de Andrade)
No meio de uma viagem, a aeromoça pergunta a um passageiro da 1ª classe:
Um dia, a rosa encontrou a couve-flor e disse:
Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...
E não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe... Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim".
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ela é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros...
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim...e que valeu a pena!!!
Dois brancos e um negro estão num andaime, lavando os vidros de um grande edifício.
Se um dia lhe der uma louca vontade de chorar Chama-me. Não lhe prometo fazer sorrir, Mas posso chorar com você... Se um dia resolver fugir; Não se esqueça de me chamar. Não lhe prometo pedir pra ficar, Mas posso fugir com você. Se um dia lhe der uma louca vontade De não falar com ninguém Chama-me assim mesmo Prometo ficar bem quietinho Mas... Se um dia você me chamar e eu não for Vem correndo ao meu encontro... Talvez eu esteja precisando de você...
(rute)
Pesquisa do instituto Vox Populi, divulgada neste sábado (15) no Jornal da Band, mostra a pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, com 38% das intenções de voto, contra 35% do tucano José Serra. Embora dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo, esta é a primeira vez em que Dilma aparece à frente de Serra.
Na pesquisa anterior do Vox Populi, divulgada em 3 de abril, o presidenciável do PSDB tinha 34%, contra 31% da pré-candidata do PT. Marina Silva (PV) aparece agora com 8%, contra 5% registrados no levantamento anterior. Votos brancos e nulos ficaram com 8%, enquanto 11% dos entrevistados se disseram indecisos.
Em uma projeção de segundo turno, Dilma tem 40%, contra 38% de Serra. Votos brancos e nulos ficaram com 9% no segundo turno, enquanto 13% dos entrevistados ainda não escolheram candidato. Segundo o Vox Populi, 75% das pessoas disseram conhecer bem o pré-candidato José Serra, enquanto 56% afirmaram o mesmo de Dilma e 33%, de Marina.
Foram entrevistadas 2.000 pessoas entre os dias 8 e 13 de maio. A pesquisa foi registrada no TSE com o número 11.266/2010.
Do UOL Eleições Em São Paulo
Um homem velho envolto em fumaça
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável é dor incrível
É como mergulhar num rio e não se molhar
É como não morrer de frio no gelo polar
É Ter o estômago vazio e não almoçar
É ver o céu se abrir no estio e não se animar
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável é dor incrível
É como esperar o prato e não salivar
Sentir apertar o sapato e não descalçar
É ver alguém feliz de fato sem alguém pra amar
É como procurar no mato estrelas do mar
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável é dor incrível
É como não sentir calor em Cuiabá
Ou como no arpoador não ver o mar
É como não morrer de raiva com a política
Ignorar que a tarde vai vadia e mítica
É como ver televisão e não dormir
Ver um bichano pelo chão e não sorrir
É como não provar o néctar de um lindo amor
Depois que o coração detecta a mais fina flor
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável é dor incrível
“Art. 1º É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil. Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.” Proclamadas pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1988, estas palavras colocaram fim à escravidão que, durante 350 anos, vitimou aproximadamente 11 milhões de africanos, além de seus descendentes nascidos no Brasil.
Passados 122 anos, todos os indicadores sociais apontam que a Abolição não foi capaz de garantir condições de vida dignas à população negra. Substituídos pela força de trabalho européia, não puderam nem mesmo compor a classe trabalhadora assalariada da época, restando como opção a informalidade.
O Instituto de Políticas Econômicas Aplicadas (IPEA) calcula que, caso sejam mantidas as políticas de ações afirmativas vigentes, os negros só atingirão a renda média dos brancos no ano de 2040. Hoje, a diferença salarial é de 53%. Na educação, a diferença é maior ainda. Apenas 5% da população negra têm formação superior. Entre os brancos, 18% já passaram pela universidade.
Essas diferenças sociais marcadas pela cor da pele são resultado de uma política que buscava o embranquecimento da população, logo que foi abolida a escravidão. Essa é uma das conclusões da professora Márcia das Neves, cuja dissertação de mestrado investigou a influência dos estudos do médico e antropólogo Raimundo Nina Rodrigues na formação cultural da sociedade brasileira.
“Na questão da eugenia, que busca o melhoramento da raça, o Nina Rodrigues tinha essa preocupação de saber quem seria a população que dominaria o Brasil. Os negros estavam aumentando em quantidade, estavam se misturando sem certo controle, o que fazia aumentar a quantidade de mestiços. Quanto mais misturado, mais problemas ele previa nesse indivíduo final.”
O pensamento eugenista defendia a ideia da existência de raças humanas e pregava a supremacia dos arianos sobre os demais grupos étnicos. A professora revela que essa ideia foi assimilada pela população, que passou a ignorar e até mesmo negar a violência das relações raciais no Brasil.
“É até difícil colocar esse debate, mesmo em sala de aula. Eu sou professora, dou aula na periferia e tenho dificuldades de falar desse tema. Apesar de a maioria dos alunos serem negros ou mestiços, eles não aceitam essa discussão e têm a visão de que quem coloca esse tema em discussão é racista. Acreditam que é melhor fazer de conta que ele não existe, que não tem racismo e todo mundo é igual.”
Márcia das Neves alerta para uma realidade que expõe a sutileza do racismo e se repete cotidianamente, sobretudo na sala de aula, ambiente no qual a maior parte dos professores não escondem a preferência pelas crianças brancas e o desprezo pelas demais.
“Isso está implícito nas pessoas. Quando você vê alguém elogiando um aluninho, dizendo que ele é bom, ele não tem características de negro. Um outro aluno do qual dizem ser um peste, ser terrível que ele não se desenvolve direito e é preguiçoso – mesmo que não seja –, você percebe que é um aluno que tem as características de negro.”
A resistência do quilombo dos Palmares, a intransigência de Canudos e as revoltas dos Malês e da Chibata são celebradas pelo movimento negro como símbolo da luta por liberdade e igualdade. No século 20, diversas organizações surgiram a partir de tensões sociais provocadas pelo racismo e pela repressão dirigida aos negros. É o caso do Movimento Negro Unificado (MNU), criado em 1978 como resposta à discriminação racial sofrida por quatro jovens atletas da equipe de voleibol do Clube de Regatas Tietê. Na época, eles eram proibidos de entrar na piscina do clube.
Milton Barbosa, fundador e integrante da coordenação nacional do MNU, revela que outro acontecimento, muito comum em nossos dias, também foi determinante para a organização da juventude negra.
“Um outro fato foi a prisão,tortura e morte de Robson vieira da Luz, trabalhador e pai de família, acusado de furto na feira. Ele foi preso e torturado no 44º Distrito Policial de Guaianazes. Foram basicamente esses dois motivos imediatos que fizeram com que a juventude negra da época criasse o Movimento Negro Unificado.”
Mais de 30 anos após a morte do feirante, a tragédia continua se repetindo. No mês em que se comemora a dia da Abolição da escravidão no Brasil, o movimento negro cobra das autoridades o fim daquilo que chamam de genocídio negro.
Os meios de comunicação estão mostrando freqüentemente exemplos dessa violência. Eduardo Luís Pinheiro dos Santos foi encontrado morto no último dia 10 de Abril, após ser torturado. Alexandre Santos foi espancado até a morte na porta de casa, diante da mãe. Ambos foram vítimas da Policia Militar do Estado de São Paulo. Ambos eram negros.
O professor de História e integrante da Uneafro Brasil (União de Núcleos de Educação Popular para Negras(os) e Classe Trabalhadora) Douglas Belchior, explica que a repressão policial foi germinada no período da escravidão.
“A primeira Polícia no Brasil eram os capangas que corriam atrás dos escravos fujões. A Polícia tem no seu nascimento uma função objetiva e clara de coagir a população negra. Não tem jeito, isso infelizmente se repete e se ampliou, com fim da escravidão, para todos os pobres.”
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) prevê para um período de sete anos o assassinato de mais de 33 mil adolescentes no Brasil. Em algumas cidades do país, a probabilidade de um jovem negro ser morto é 40 vezes maior que um branco. Diante dos números, Belchior não vê motivos para se festejar o Dia da Abolição.
“Os dados da realidade, já há alguns anos, não permitem que o movimento negro celebre o dia 13 de maio como um dia lembranças festivas. O mais escandaloso motivo para não festejar é justamente a implementação de uma verdadeira política de extermínio da juventude negra, em vigor nas grandes cidades brasileiras.”
Por que será que é mais fácil freqüentar um bar, do que uma academia ?
Para resolver esse grande dilema, foi necessário freqüentar os dois (o bar e a academia) por uma semana.
Vejam o resultado desta importante pesquisa:
Vantagem numérica:
- Existem mais bares do que academias. Logo, é mais fácil encontrar um bar no seu caminho.
- 1x0 pro bar.
Ambiente:
- No bar, todo mundo está alegre. É o lugar onde a dureza do dia-a-dia amolece no primeiro gole de cerveja.
- Na academia, todo mundo fica suando, carregando peso, bufando e fazendo cara feia.
- 2x0.
Amizade simples e sincera:
- No bar, ninguém fica reparando se você está usando o tênis da moda.
- Os companheiros do bar só reparam se o seu copo está cheio ou vazio.
- 3x0.
Compaixão:
- Alguém já te deu um mês de ginástica de graça ?
- No bar, com certeza, você já ganhou uma cerveja 'por conta'.
- 4x0.
Liberdade:
- Você pode falar palavrão na academia ?
- 5x0.
Libertinagem e democracia:
- No bar, você pode dividir um banco com outra pessoa do sexo oposto, ou
do mesmo sexo, problema é seu....
- Na academia, dividir um aparelho dá até briga.
- 6x0.
Saúde:
- Você já viu um 'barista' (freqüentador de bar) reclamando de dores musculares, joelho bichado, tendinite?
- 7x0.
Saudosismo:
- Alguém já tocou a sua música romântica preferida na academia?
- É só 'bate-estaca' , né?
- 8x0.
Emoção:
- Onde você comemora a vitória do seu time?
- No bar ou na academia?
- 9x0.
Memória:
- Você já aprontou algo na academia digno de contar para os seus netos?
- 10x0 pro BAR ! ! !
- Portanto, se você tem amigos na academia, repasse este e-mail para salvá-los do mau caminho!
PS: Você já fez amizade com alguém bebendo Gatorade ? ? ?
ENTÃO ! ! ! ! TODO MUNDO PRO BUTECO ! ! ! ! !
BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira os sete destaques ao texto-base do projeto de lei chamado de Ficha Limpa, que impede o registro de candidaturas de políticos com condenação por crimes graves. A inelegibilidade será de oito anos após o cumprimento da pena.
No total eram 12 destaques, três foram votadas e descartadas na semana passada e duas foram retiradas.
Com isso, o parecer de autoria do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), aprovado na semana passada, segue para o Senado, onde o plenário está trancado por medidas provisórias e pelos projetos do pré-sal, o que dificulta sua aplicação nas eleições de outubro deste ano.
"É o início do caminho. O eleitor, quando for votar, vai poder se preocupar mais com o futuro do que com o passado do candidato", disse o deputado Paulo Bornhausen (SC), líder do DEM.
O texto impede que políticos com condenação na Justiça por decisão de um colegiado disputem eleições. Permite, no entanto, que o político condenado possa recorrer para tentar suspender a inelegibilidade e participar da eleição.
Um dos destaques rejeitados, de autoria do PP, tinha o objetivo de excluir, do texto do deputado José Eduardo Cardozo, os crimes contra o meio ambiente e a saúde pública daqueles que poderão tornar a pessoa inelegível.
O projeto, de iniciativa popular, recebeu 1,6 milhão de assinaturas e foi apresentado ao Congresso em setembro do ano passado.
Por que eu vivo procurando um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver, se não for para mim que seja pra você.
Mas às vezes você parece me ignorar, sem nem ao menos me olhar,
Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Se a vida dá presente pra cada um,o meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo,
Que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer,
Eu fiz brotar a flor.
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador...
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.'
PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE)
Dentre os infindáveis mistérios do ser a maternidade é, com certeza, o mais instigante...
Nascer e morrer, por sua infalibilidade, além da fé ancorada nas mais diversas matizes religiosas, é até razoavelmente “explicável”. Contudo, essa mágica transmutação que se processa dentro do corpo de uma mulher na construção de um novo ser, simplesmente, não se explica somente com tratados e teses cientificamente bem consolidadas e diferencia, definitivamente, a MÃE por sua especialidade de ser muito mais que só um recipiente de esperma.
Ser mãe é ser a morada, o abrigo, o casulo do ser que chega não se sabe de onde e nem pra que, porque e pra onde afinal vai...
O resto é conseqüência e compõe as humanidades que convivem em cada um de nós
Um casal sai de férias para um hotel-fazenda. O homem gosta de pescar e a mulher gosta de ler. Uma manhã, o marido volta de horas pescando e resolve tirar uma soneca. Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago.
Não muito tempo atrás, as impressoras eram caras e barulhentas. Com as impressoras a jatos de tinta, as impressoras matriciais domésticas foram descartadas, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e facilidade das novas impressoras.
Uma loira chegou com seu carro novinho numa loja de acessórios e disse pro vendedor:
Quero instalar um pára-raios no meu carro.
E o vendedor explicou: Olha, eu nunca ouvi falar nesse equipamento pra veículo.
Por que é que você quer instalar um pára-raios no seu carro?
E a loura:
Heloooooooooouuuuuuuu!Nunca ouviu falar de seqüestro relâmpago não, ô desinformado?
“Se tiver bola, eu dou a entrevista”. Essa foi a única exigência do nosso companheiro de pelada, Chico Buarque, numa caminhada entre o metrô e o campo. Uma bola. E eu acabara de informar que o dono da redonda não viria à pelada de quarta-feira. Éramos dez amantes do futebol, órfãos.
Sem saber se esse era um gol de letra dele para fugir da solicitação de seus parceiros jornalistas, ou uma última esperança, em forma de pressão, de não perder a religiosa partida, eu, que não creio, olhei para o céu e pedi a Deus: uma pelota!
Nada de enigma, oferenda ou golpe de Estado. Ele estava ali, o cálice sagrado da cultura brasileira, que sucumbiu ao ver não uma, mas duas bolas chegarem à quadra pelas mãos de Mauro Cardoso, mais conhecido como Ganso. A partir daí, nada mais alterou o meu ânimo e o da minha dupla de ataque-entrevista, Daniel Cariello. Apesar de termos jogado no time adversário do ilustre entrevistado, tomado duas goleadas consecutivas de 10 x 6 e 10 x 1, tínhamos a certeza de que ele não iria trair dois dos principais craques do Paristheama, e sua palavra seria honrada.
Mas o desafio maior não era convencer o camisa 10 do time bordeaux-mostarda parisiense a ceder duas horas de sua tarde ensolarada de sábado. O que você perguntaria ao artista ícone da resistência à ditadura, parceiro de Tom Jobim, Vinicius de Morais e Caetano Veloso, escritor dos best sellers “Estorvo”, “Benjamin”, “Budapeste” e “Leite Derramado”, autor de “A banda”, “Essa moça tá diferente”, “O que será”, “Construção” e da canção de amor mais triste jamais escrita, “Pedaço de mim”?
Admirado e amado por todas as idades, estudado por universitários, defendido por Chicólatras, oráculo no Facebook, onipresente nas manifestações artísticas brasileiras – sua modéstia diria “isso é um exagero”, mas sabemos que não é –, sua reação imediata ao ser comparado a Deus foi “em primeiro lugar, não acredito em Deus. Em segundo, não acredito em mim. Essa é a única coisa que pode nos ligar. Então, pra começo de conversa, vamos tirar Deus da mesa e seguir em frente”.
Enfim, ainda não creio que entrevistamos Deus, quase sem falar de Deus. Mas foi com ele mesmo que aprendi uma lição, talvez um mandamento: acreditar em coisas inacreditáveis.
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A entrevista foi publicada originalmente na revista Brazuca, uma publicação bilíngue sobre cultura brasileira que circula em Paris e Bruxelas. A partir de 3 de maio, a degravação completa estará disponível no site de Brazuca. Também lá, é possível baixar em pdf, desde já, a edição completa de março-abril (inclusive com as fotos de Chico…)
A medida que envelhecemos, começamos a duvidar da nossa capacidade de "fazer a diferença". É nesses momentos que as nossas esperanças são impulsionados por realizações notáveis de pessoas mais idosas, que tiveram a coragem de assumir desafios perante os quais muitos de nós recuam. Harold Schlumberg é uma dessas pessoas:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela revista norte-americana Time o líder mais influente do mundo, figurando no topo da lista anual da publicação, divulgada nesta quinta-feira (29 de abril), que traz os nomes das cem pessoas que mais se destacaram globalmente.
No artigo de abertura da lista, o cineasta Michael Moore - convidado para escrever o perfil do presidente -, lembrou a eleição de 2002, na qual Lula foi eleito pela primeira vez, e o “nervosismo” com que o Brasil aguardava a gestão do primeiro operário e sindicalista a assumir o governo.
A revista, que classificou o presidente brasileiro como um "genuíno filho da América Latina", destacou ainda o passado de Lula como sindicalista que, enfatiza a Time, chegou a ser preso por liderar um protesto.
Ao relatar projetos sociais idealizados pela gestão de Lula, como o programa Fome Zero, o cineasta afirma que os americanos têm uma "lição" para aprender com os brasileiros: segundo a publicação, enquanto o Brasil tenta chegar à condição de país de Primeiro Mundo, cada vez mais os Estados Unidos se parecem com um país de Terceiro.
Segundo a Time, Lula busca para o país o que os Estados Unidos chamavam de "O Sonho Americano"- uma das razões pela qual ele é tão popular.
Moore, que não esconde a admiração pelo presidente do Brasil, conclui o artigo destacando outra "lição" que, segundo ele, o resto do mundo deve aprender com Lula: "deixe as pessoas ter bom tratamento de saúde, e eles vão causar muito menos trabalho para vocês".
A publicação, que apresenta personalidades de diversas áreas de atuação, apresenta outros 24 políticos mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – em quarto lugar na lista de líderes -; a ex-candidata à vice-Presidência Sarah Palim; entre outros.
http://www.patrialatina.com.br/