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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

OPUS DEI - o flagelo

A Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei (em latim Obra de Deus) é uma instituição hierárquica da Igreja Católica, uma prelazia pessoal, composta por leigos, casados, solteiros e sacerdotes. Tem como finalidade participar da missão evangelizadora da Igreja. Concretamente, o Opus Dei procura difundir a vida cristã no mundo, no trabalho e na família, a chamada universal à santidade e o valor santificador do trabalho quotidiano. No dia 28 de novembro de 1982 o papa João Paulo II através da Constituição Apostólica Ut Sit [1] constituiu o Opus Dei em prelatura pessoal
O Opus Dei foi fundado por Josemaría Escrivá de Balaguer em 2 de Outubro de 1928 em Madrid, na Espanha. "A Obra de Deus não foi imaginada por um homem", escreveu Monsenhor Josemaria; "Há muitos anos que o Senhor a inspirava a um instrumento inepto e surdo, que a viu pela primeira vez no dia dos Santos Anjos da Guarda, no dia 2 de outubro de 1928."
Em 14 de Fevereiro de 1930, o fundador compreendeu que a instituição também deveria desenvolver o apostolado entre as mulheres, e posteriormente para receber e atender ao clero da Prelazia foi fundada, em 14 de Fevereiro de 1943, a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, composta exclusivamente de clérigos e inseparavelmente unida ao Opus Dei.
São Josemaria gostava de dizer que as melhores penitências são as que se apresentam por ocasião do próprio trabalho, que se leva na vida ordinária. Falava por exemplo do sorriso quando se está cansado, de terminar bem o trabalho começado, de saber escutar aos demais com paciência e compreensão.
A mortificação corporal, que é praticada com moderação e senso comum, pertence ao patrimônio espiritual da Igreja e é entendida como um sacrifício mental ou físico aos olhos de Deus. Pode cingir-se à renúncia de algum alimento pelo qual a pessoa que se mortifica tenha preferência ou simplesmente por não beber água imediatamente quando se tem sede, por exemplo. Estes sacrifícios são vistos como uma união à paixão e à cruz de Jesus Cristo e, portanto, como meio de participação na Redenção. Muitos santos a praticaram
Em todo o mundo, o Opus Dei passou a receber grande dose de atenção dos meios de comunicação devido à publicação do livro "O Código Da Vinci" (em que dois membros da prelazia, um deles inclusive um fanático religioso desprovido de bom estado psicológico, usam de fins violentos para defenderem segredos da igreja católica), e, no Brasil, pela divulgação de que o ex-governador do estado brasileiro de São Paulo, Geraldo Alckmin, faria parte da Obra. Ele, inclusive, quando era prefeito de Pindamonhangaba em 1978, batizou uma rua da cidade como o nome do fundador, Josemaría Escrivá de Balaguer, em comemoração ao cinquentenário da organização. Por sua vez, Alckmin sempre negou ter qualquer vínculo com o Opus Dei.
Cadu Silveira, jornalista, afirma (História Viva, maio de 2006): "O Opus Dei teve e tem ligações com regimes autoritários e elites conservadoras" Segundo John Allen Jr., jornalista da CNN, é preciso, de saída, contextualizar a questão. No tempo da guerra civil na Espanha (1936-1939), Escrivá e a maioria dos católicos do país apoiaram os nacionalistas contra os republicanos. Nas décadas seguintes, a organização forneceu alguns ministros aos governos franquistas e pós-franquistas, em geral quadros de perfil tecnocrático. Em contrapartida, informa o autor, diversos numerários foram presos ou tiveram de se exilar por sua oposição a Franco."
Fábio Chiossi, jornalista, em "Opus Dei não é tão poderoso como se pensa, diz vaticanista" (Folha de São Paulo, 13 de fevereiro de 2006): "O fato de que eles cultivarem uma atmosfera de segredo não prejudica sua imagem?" Segundo John Allen Jr. "Sim. Mas o fato é que eles não vêm isso como segredo, mas como o viver sua própria espiritualidade. Assim, não tentam ser sigilosos, mas eu acho que, para as pessoas que estão fora, eles aparecem como um grupo secreto porque não fazem um trabalho muito bom para se explicarem. Isso os afeta. E é claro que, com o livro, eu estava tentando desafiar a enfrentar isso…"
Em seus estatutos secretos, redigidos em 1950 e publicados em 1986 pelo jornal italiano "L´Expresso", a Obra determina que "os membros numerários e supernumerários saibam que devem observar sempre um prudente silêncio sobre os nomes dos outros associados e que não deverão revelar nunca a ninguém que eles próprios pertencem à Opus Dei."

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