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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mais um filme que Serra vai proibir: Salve Geral

Nem bem foi anunciado o filme brasileiro indicado para competir pelo Oscar neste ano, e o Maior dos Grandes Homens, o Presidente Ainda Não Empossado e governador da Locomotiva da Nação, José Serra, já ordenou uma mega-operação para proibir sua exibição em todo o universo. Trata-se do filme Salve Geral, de Sérgio Rezende, estrelado por Andréa Beltrão. O filme apresenta os momentos de terror que a cidade de São Paulo experimentou em maio de 2006, com uma série de ataques do grupo criminoso PCC – Primeiro Comando da Capital, cujo líder, o famoso Marcola, já há vários anos assumiu a Secretaria de Assuntos Penitenciários do governo estadual. Modesto, o Grande Homem da Política Brasileira não deseja que o filme seja exibido porque mostraria toda a grandiosidade do Estado de São Paulo em mais um aspecto: a segurança pública, esse orgulho dos cidadãos paulistas e paulistanos.
O governador confidenciou que se sentiria constrangido junto a seus colegas governadores se eles vissem o filme, pois se impressionariam e se sentiriam diminuídos, ao constatar a grande competência dos sucessivos governos estaduais tucanos na condução dos negócios relacionados com a segurança e as prisões. Já experiente em proibições, O Invejado pelas Páginas das Enciclopédias pretende repetir a operação realizada há poucos dias, para proibir o filme “A Queda”, em que Adolf Hitler representava um candidato presidencial derrotado. O Mais Preparado dos Seres Pensantes pretende contar também com o apoio dos seus assessores de comunicação da empresa Frias, Mesquita, Marinho, Saad & Associados, que já tiveram grande sucesso na proibição de qualquer menção ao nome do PCC na imprensa paulista, substituindo o termo PCC por “facção criminosa que opera nos presídios do estado de S. Paulo”. Jornalistas que utilizarem as três letrinhas em matérias podem ser condenados a lavar a boca com sabão.
Comentário da Tia Carmela: O Zezinho nunca gostou muito de cinema. Uma vez, lá na Móoca, não queria deixar nenhum menino da rua ir assistir um filme do Mazaroppi chamado “O Corinthiano”, só porque o Zezinho era palmeirense. Os meninos que foram, ele virou a cara pra eles e não deixava mais eles jogarem futebol de botão com ele.

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