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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Se você ouvir este grito de alerta da minha voz suplicando um último apelo de paz ,
nem tente me ignorar na calçada,
pois vivo na rua sem medo,
fazendo a cabeça com sonhos,
sonhando em nunca acordar.
Sou assim , desse mesmo jeitinho canalha que seu retrovisor estampa,
dono e senhor dessa encruzilhada .
Exu-menino, rei de qualquer cidade desse meu imenso país.
E na imensidão dos sonhos , delírios e alucinações são tão reais
quanto a imensa fome que sinto da falta que me faz um colo ,
dos braços a acalentar desejos , dos beijos que jamais senti.
Não perecíveis devem ser os sentimentos que me alimentam a alma,
a chama de um calor humano que me acalma ,
e a certeza de não ter medo de um dia ser feliz .
Coisas assim, que zerem a imensidão de vazio que trago no peito,
a dor de quem só sobrevive ao gueto por instinto de preservação ,
e a grande dívida de ainda não ter conhecido o amor.

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