terça-feira, 30 de março de 2010
“Preconceito é juízo de valor que se faz sem conhecer os fatos. Em geral é fruto de uma generalização ou de um senso comum rebaixado. O preconceito contra Lula tem pelo menos duas raízes: a visão de classe, de que todo operário é ignorante, e a supervalorização do saber erudito, em detrimento de outras formas de saber, tais como o saber popular ou o que advém da experiência ou do exercício da liderança. Também não se aceita a possibilidade de as pessoas transitarem por formas diferentes de saber”.
“A linguagem do Preconceito” Bernardo Kucinski Professor titular do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA/USP.
Foi produtor e locutor no serviço brasileiro da BBC de Londres e assistente de direção na televisão BBC.
É autor de vários livros sobre jornalismo
O CONVITE
Não me interessa saber como você ganha a vida. Quero saber o que mais deseja e se ousa sonhar em satisfazer os anseios do seu coração. Não me interessa saber a sua idade. Quero saber se você correria risco de parecer tolo por amor, pelo seu sonho, pela aventura de estar vivo. O que eu quero saber é se você já foi até o fundo de sua própria tristeza, se as traições da vida o enriqueceram ou se você se retraiu e se fechou, com medo de mais dor. Quero saber se você consegue conviver com a dor, a minha ou a sua, sem tentar escondê-la, disfarçá-la, remediá-la. Quero saber se você é capaz de conviver com a alegria, a minha ou a sua, de dançar com total abandono e deixar o êxtase penetrar até a ponta dos seus dedos... sem nos advertir que sejamos cuidadosos, que sejamos realistas, que nos lembremos das limitações da condição humana. Não me interessa saber se a história que você me conta é verdadeira. Quero saber se é capaz de desapontar o outro para se manter fiel a si mesmo. Se é capaz de suportar uma acusação de traição e não trair sua própria alma, ou ser infiel e, mesmo assim, ser digno de confiança. Quero saber se você consegue viver com o fracasso, o seu e o meu, e ainda assim pôr-se de pé na beira do lago e gritar para o reflexo prateado da lua cheia: Sim ! Não me interessa saber onde você mora ou quanto dinheiro tem. Quero saber se, após uma noite de tristeza e desespero, exausto e ferido até os ossos, é capaz de fazer o que precisa ser feito para alimentar seus filhos. Não me interessa o que você conhece ou como chegou até aqui. Quero saber se vai permanecer no centro do fogo comigo sem recuar. Não me interessa onde, o que ou com quem estudou. Quero saber o que sustenta, no seu íntimo, quando tudo mais desmorona. Quero saber se você é capaz de ficar só consigo mesmo e se nos momentos vaziosrealmente gosta de sua companhia. (Oriah Mountain Dreamer)
Luta, Substantivo Feminino
O caminho dos sonhos possíveis
O filme Um Sonho Possível, sob direção de John Lee Hancock, com o jovem Quinton Aaron e Sandra Bullock exibe um roteiro que mexe com os paradigmas da cultura ocidental e traz um aspecto a seu favor, ao ser inspirado em uma história real. O longa-metragem remete, de certa forma, a uma outra obra - Pedagogia dos Sonhos Possíveis - de Paulo Freire, publicada em 2001, postumamente à sua morte, sob organização de Ana Maria Araújo Freire, pela Editora UNESP. Em ambas as produções, há a ânsia pela quebra de preconceitos e de fronteiras físicas e mentais. Ao mesmo tempo, tratam da essência das palavras respeito, esperança e persistência. Nada de chavões, mas reflexo de uma realidade que integra os desafios da sociedade nos dias de hoje. Como dizia Freire - "para mim, desde o início, nunca foi possível separar a leitura das palavras da leitura do mundo...". Ao discutir os desafios sobre a alfabetização de jovens e adultos, ele proporcionava uma reflexão sobre o sentido da comunicação quebrar as barreiras das fachadas. Para isso, ele refletiu sobre a experiência prática do dia a dia. Com isso, concluiu que não deveria impor aos camponeses conhecimentos pré-concebidos, mas deixá-los à vontade para que trouxessem seu conhecimento sobre o seu contexto local e de mundo e sua habilidade para expressá-los com sua própria linguagem. O personagem Michael Oher, interpretado por Aaron, também aguardava alguém que o enxergasse e ouvisse, para que pudesse expressar e reconhecer a potencialidade de seus anseios e sonhos, se abrisse para o aprendizado das letras, da matemática e das ciências, mas acima de tudo, para o universo das relações. Fruto de uma família desestruturada, sem lar, esse jovem não havia perdido o bem mais precioso a um ser humano, a dignidade. Mesmo sem roupa, sem um endereço para voltar, e somente com uma oportunidade aberta em uma escola - que também teve de desconstruir modelos pré-concebidos para aceitá-lo integralmente- ele se reconheceu com um ator importante nesse mundo. Mas o que foi necessário? Simplesmente oportunidade, mas vale ressaltar que significou uma iniciativa de mão dupla. A personagem de Sandra Bullock, a bem-sucedida Anne Tuohy, também precisava dar um sentido aos seus discursos e valores. E foi assim, que as vidas dos dois se cruzaram e transformaram sonhos em ações concretas e conscientes. Ambos se doaram e se reconheceram em suas habilidades e fraquezas e, assim, puderam crescer juntos. Uma premissa que rege o caminho da educação libertadora proposto por Freire. Um de seus pensamentos destacado em Pedagogia dos Sonhos Possíveis reforça essa tese -"aquele aluno que sabe ouvir implica um certo tratamento de silêncio e os momentos intermediários do silêncios. Aqueles que falam de modo democrático precisam silenciar-se para que se permita que a voz daqueles que devem ser ouvidos emerja...". Uma reflexão profunda e sábia...Há o tempo de falar e o de ouvir, para que existamos na plenitude e não fiquemos submersos em um sistema de opressão, que castra perspectivas e realizações.
Fonte: Blog Cidadãos do Mundo
www.cidadaodomundo.blogse.com.br
jornalista Sucena Shkrada Resk
segunda-feira, 29 de março de 2010
LACRANDO AS FENDAS COM ANANIN - Ia historia
domingo, 21 de março de 2010
Saindo do supermercado um homem se depara com uma inusitada e gigantesca procissão de funeral.
Achou aquilo muito estranho e parou para olhar.Primeiro vinha um caixão preto. Depois, um segundo caixão preto.Em seguida, um homem sozinho, levando um doberman na coleira.
Finalmente, atrás dele, uma looooooonga fila indiana só de homens.
Não contendo a curiosidade, ele se aproxima delicadamente do homem com o cachorro, e diz baixinho:
TEMPESTADE NO CERRADO
O jornal o Globo publicou esta semana duas paginas inteiras contra o PT, o governo Lula e contra a candidatura da companheira Dilma, seguindo a risca o plano "Tempestade no Cerrado" denunciado pelo jornalista Mauro Carrara e já postado no OUSADIA.
terça-feira, 16 de março de 2010
LACRANDO AS FENDAS COM ANANIN
Cidade mais próxima de Belém, Ananindeua teve uma considerável expansão urbana nos últimos 30 anos impulsionada pela intensificação do crescimento demográfico da Capital, a partir da década de 1970, que induziu um êxodo metropolitano de sua população marginalizada e, principalmente, pela visão segregadora que predominou no extinto BNH – Banco Nacional da Habitação, pela qual se resolveria a equação histórica da evolução urbanística no Brasil afastando-se as “inconveniências” sociais do contexto privilegiado das elites, como bem explicita Raquel Rolnik (Para Além da Lei: legislação urbanística e cidadania, Editora Del Rey 1998), ao afirmar que a geografia das cidades acompanhou uma evolução de acordo com os interesses do mercado imobiliário de cada época, com a formação dos bairros mais elegantes, clean, de alta renda, com parâmetros e índices de ocupação dos terrenos apresentando distâncias relativamente grandes com a finalidade de ajardinamentos e, no seguimento, os bairros operários precários, distantes da cidade, com parâmetros construtivos bastante inferiores, determinando os padrões de urbanismo.
Tanto assim, que Ananindeua cresce a partir dos programas de habitação popular do BNH, construindo em série algumas centenas de casas por blocos, chamados de conjunto residenciais, os quais foram também construídos com pouca preocupação técnica, estética, ou quanto à qualidade do ambiente construído e se expande também com os mesmos condicionantes de um relevo característico da região amazônica, com a presença de igarapés, várzea e terra firme. As camadas populacionais de maior renda habitam as áreas de terra firme, enquanto que as alagadas ficam por conta da população de menor renda, repetindo a ausência de um modelo sustentável e inclusivo de desenvolvimento, que se reflete num crescente déficit habitacional em torno de 30 mil moradias e que nos autoriza a também afirmar que, Ananindeua – uma cidade de menos de 500 mil habitantes, reflete em seu crescimento o mesmo processo de “perifização ou metropolização da pobreza”, que termina por criar uma cidade sustentável para uma minoria e outra insustentável para a maioria.
Contudo, a par disso tudo, o mais preocupante é a constatação de que a Moradia – Direito Social consignado na Constituição Federal – em Ananindeua também se reveste da mesma “desimportância” clássica, quase sempre classificada como “moeda de troca” em períodos eleitorais, sem nenhuma política local financiada e com metas exeqüíveis a curto ou médio prazo. Numa cidade com este quadro e contexto urbano, segundo dados do GEOSNIC (Ministério das Cidades), não se registra a existência de Plano Diretor (Falta regulamentação por parte da prefeitura), Conselho de Meio Ambiente, de Política Urbana e nem, sobretudo, de Habitação de Interesse Social.
Com isso, fica difícil acreditar-se que a Moradia é realmente pauta política prioritária do poder público municipal, nas manchetes da edição do último sábado do jornal Diário do Pará que alardeia que “Ananindeua terá 3,2 mil novas casas este ano”, como se isso não significasse menos de 10% das necessidades do povo sem teto do município, não fosse bancado por recursos federais e como se estivesse inserido numa política municipal de habitação de interesse social, como se pretende de um governo que já compreendeu que a participação popular é preponderante na construção de cidades justas saudáveis e sustentáveis, como prescreve o artigo 45 dos Estatutos das Cidades: “Os organismos gestores das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas incluirão obrigatória e significativa participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade, de modo a garantir o controle direto de suas atividades e o pleno exercício da cidadania”.
E. também por tudo isso, fica muito difícil acreditar na pureza de propósitos democráticos do atual alcaide de Ananindeua, quando posta em seu blog veementes discursos contra a intenção do Governo do Estado em destinar a área de sua granja no município para a construção de mais 1.500 casas para famílias com renda de até 3 salários mínimos, tentando fazer uma falsa polêmica entre o que seria mais importante para a população: a educação ou a moradia, como se fossem políticas absolutamente distintas e profundamente antagônicas. Numa postura de quem, do alto da pirâmide do “poder” ainda não aprendeu a horizontalidade das necessidades de quem está na base social.
Em ultima analise, se o Governo Estadual acena com a possibilidade de investir na construção de moradias de interesse social no município, nos parece que o poder local deveria associar-se em parcerias institucionais que consolidassem o empreendimento e servissem de ampliação para uma real e concreta Política de Habitação de Interesse Social em Ananindeua.
O amor acaba?
Não diga sua idade! Eu vou dizer!
Operação “Tempestade no Cerrado”: o que fazer?
domingo, 14 de março de 2010
Um casal está comemorando o 60º aniversário de casamento, com um jantar em um
pequeno restaurante no campo. O marido se inclina e pergunta para a esposa:
- Meu bem, você se lembra da nossa primeira vez, há sessenta anos atrás? Nós fomos para a parte de trás do restaurante, você se apoiou na cerca e...
- Eu lembro muito bem. - responde ela.
- O que você acha de repetirmos agora, em louvor aos velhos tempos?
- Oh, você é um devasso, mas parece uma boa idéia!
Um policial sentado ao lado ouve a conversa e pensa:
- Essa eu não posso perder. Tenho que ver os coroas fazendo sexo, lá na cerca.
Eles saem e caminham até lá, se apoiando um ao outro, ajudados por bengalas. Chegam à cerca, a velha senhora ergue a saia, tira a calcinha, o coroa baixa as calças. Ela se agarra na cerca e começam a fazer sexo. De repente, explodem no sexo mais furioso que o policial já tinha visto na vida. Repetem dezenas de vezes. Ela grita, ele agarra os quadris dela, furiosamente. O sexo mais atlético possível e imaginável. Finalmente caem exaustos no chão e depois de mais de meia hora deitados se recuperando, os dois se levantam, apanham as roupas espalhadas e se vestem.
O policial, ainda perplexo, toma coragem, se aproxima do casal e pergunta:
- Vocês devem ter tido uma vida fantástica! Como vocês conseguem? Qual é o segredo dessa performance ideal?
O velhinho com os cabelos assanhados e cara de estar em outro mundo responde:
- Sei lá...... Sessenta anos atrás essa cerca não era eletrificada...
NA MISSA DAS SEIS HORAS DO DOMINGO PASSADO, NA IGREJA DE S. PAULO APÓSTOLO, EM COPACABANA, O PADRE EUSÉBIO PERGUNTOU AOS FIEIS, AO FINAL DA HOMILIA:
- "QUANTOS DE VOCÊS JÁ CONSEGUIRAM PERDOAR SEUS INIMIGOS?"
A MAIORIA LEVANTOU A MÃO. PARA REFORÇAR A VISÃO DO GRUPO, ELE VOLTOU A REPETIR A MESMA PERGUNTA E ENTÃO TODOS LEVANTARAM A MÃO, MENOS UMA PEQUENA E FRÁGIL VELHINHA QUE ESTAVA NA SEGUNDA FILEIRA, APOIADA NUMA ENFERMEIRA PARTICULAR.
- "DONA MARIAZINHA? A SENHORA NÃO ESTÁ DISPOSTA A PERDOAR SEUS INIMIGOS OU SUAS INIMIGAS?"
- "EU NÃO TENHO INIMIGOS!" RESPONDEU ELA, DOCEMENTE.
- "SENHORA MARIAZINHA, ISTO É MUITO RARO!" DISSE O SACERDOTE. E PERGUNTOU: "QUANTOS ANOS TEM A SENHORA?
E ELA RESPONDEU: - "98 ANOS!"
A TURMA PRESENTE NA IGREJA SE LEVANTOU E APLAUDIU A IDOSA, ENTUSIASTICAMENTE.
- "DOCE SENHORA MARIAZINHA, SERÁ QUE PODERIA VIR CONTAR PARA TODOS NÓS COMO SE VIVE 98 ANOS E NÃO SE TEM INIMIGOS?"
- "COM PRAZER", DISSE ELA.
AÍ AQUELA GRACINHA DE VELHINHA SE DIRIGIU LENTAMENTE AO ALTAR, AMPARADA PELA SUA ACOMPANHANTE E OCUPOU O PÚLPITO. VIROU-SE DE FRENTE PARA OS FIÉIS, AJUSTOU O MICROFONE COM SUAS MÃOZINHAS TRÊMULAS E ENTÃO DISSE EM TOM SOLENE , OLHANDO PARA OS PRESENTES, TODOS VISIVELMENTE EMOCIONADOS:
- "PORQUE JÁ MORRERAM TODOS, AQUELES FILHOS DA PUTA!"
TAC NA PLATINADA
quinta-feira, 11 de março de 2010
O casal estava por numa dureza enorme. Um dia o marido, que era cafajestão, falou pra mulher, que era bem saidinha:-Querida... não tem jeito! A única maneira da gente sair do sufoco é você fazer um "programinha"...
Cidadania percussiva
Eduardo Galeano tinha apenas 31 anos quando assombrou o mundo com “As Veias Abertas da América Latina”, que quatro décadas depois, segue sendo fundamental para entender quem somos, o que somos e as razões. Tivesse feito apenas isso e já teria a eternidade garantida. Uruguaio, simples como são os monstros sagrados de verdade, seguiu escrevendo obras fundamentais como a última, “Espelhos”. São mais de 40 livros.
Na verdade, poderia ter poupado o leitor da apresentação. Eduardo Galeano é Eduardo Galeano, como Pelé é Pelé, Niemeyer é Niemeyer e fim de papo.
Vez por outra, com a mesma paixão que se dedica a desvendar algumas das nossas tragédias latino-americanas, escreve sobre futebol, como em “Futebol ao Sol e à Sombra”, além de dezenas de crônicas sobre o esporte que ama e seus personagens. Não foram poucas as vezes que apontou para o preconceito enrustido e o ódio que alguns ícones do futebol despertam em alguns por mudarem de status na sociedade. Abordou isso no passado ao falar de Romário, Maradona e tantos outros.
Entre alguns poucos orgulhos que posso ter nesse ofício, está o de vez por outra poder bater uma bola e ser bem recebido por esse monstro sagrado. Ouvindo-o sobre algumas questões, me sinto como um de seus personagens clássicos, o menino que, embasbacado ao ver o mar pela primeira vez, pediu ao pai: “Me ajuda a olhar”.
Nos últimos dias, o “Caso Adriano” tomou conta de todos os jornais, TVs, rádio, internet, etc. Escrevi aqui nesse blog meus pontos de vista e ponderações. Li todos os comentários publicados aqui e deu muita esperança em olhar pra frente, assim como no debate de alto nível, sem jornalismo-manja no Linha de Passe, e no que li e ouvi de alguns outros colegas por aqui. (Os comentários de blogueiros dão conta e esperança de um certo cansaço do jornalismo-manja).
Mas ainda são um grão nesse oceano. Assim como o mestre uruguaio, sigo achando que a maior parte do que se fala e publica sobre Adriano, como foi com Romário, como foi fulano, sicrano, etc, é fruto de preconceito. Quando eu, você e qualquer um de nós nos pronunciamos, sempre pode vir à tona aquele nosso preconceito enraizado lá no fundo da alma.
Lutar contra ele todo dia diante do espelho é tarefa de cada um, e não é fácil. Repito, antes que os apressados de sempre tragam suas pedras: tou nessa também, tentando vencer esses demônios que se escondem em nossas almas todos os dias.
Senão, salvo tal preconceito e desprezo que vem lá da Casa Grande na direção da Senzala, como entender porque é possível tanta adjetivação, tanta conclusão? Alcoólatra (e antes que alguém diga, Adriano já falou que “teve problemas com bebida”, o que é bem diferente de dizer que é alcoólatra), dependente químico, envolvido com o tráfico, dito assim, sem qualquer prova.
“Tenho boa fonte que me garante que...” é o que mais escutei sobre Adriano nos últimos tempos. Se todas fossem verdade, estaríamos falando de um morto. Pode ser que alguma seja comprovada amanhã ou depois. Hoje não se pode nem especular.
Mas é aí que a porca torce o rabo, é aí que me vejo lutando diante do espelho contra os preconceitos. Pois existe por exemplo um político brasileiro, alto escalão, de importante estado da federação, que “boas fontes garantem que...”. Fui a um jogo nas eliminatórias atuais em que o estádio, em coro, muito espirituoso como são os estádios, comparava o tal político a Maradona, não pela sua habilidade com a bola.
Ontem, um vespertino de esporte na tv foi inteiro dedicado ao drama do alcoolismo no esporte, sucessivas matérias, sempre vinculadas a Adriano. Ainda aguardo ver programas de dependência química em referência ao político, já que estamos falando de suposições sem laudo, sem comprovação.
E então pergunto: por que razões ninguém fica na tv horas debatendo o vício e a dependência do sujeito ou de outro do naipe, vindo da Casa Grande, baseado nas especulações?
Com o negro e favelado pode? Com o politicão, com tantos outros, não pode. Por essas e outras, pedi mais uma vez ao mestre Galeano que me ajudasse a olhar. Me ajudou a olhar para esse mar turvo, e enviei para ele o texto anterior sobre Adriano. Depois, como um Fã do Esporte, nos deu a honra de algumas palavras, com exclusividade. Pulo algumas palavras iniciais dele com sua imensa simplicidade e generosidade, e copio já a partir de onde espero que também ajude o Fã do Esporte a olhar. Depois dele, não me resta nada a acrescentar.
por Lúcio de Castro
Meu caro Lucio
“...Eu creio que o caso de Adriano é revelador, como bem disse, de preconceitos e julgamentos que vão além das anedotas.
O bombardeio que Adriano sofre revela, por exemplo:
- A obsessão universal pela vida privada dos que tem êxito, e acima de tudo pelos desportistas vencedores que vem da miséria e que tinham nascido estatisticamente condenados ao fracasso.
- Exige-se deles que sejam freiras de convento, consagrados ao serviço dos demais e com rigorosa proibição do prazer e da liberdade.
- Os puritanos que os vigiam e os condenam são, em geral, medíocres cujo desafio mais audacioso, sua mais perigosa proeza, consiste em cruzar a rua com luz vermelha, alguma vez na vida, e isso tem muito a ver com a inveja que provoca o êxito alheio.
- Tem muito a ver com a demonização dos pobres que não renegam sua mais profunda identidade, por mais exitosos que sejam.
- E muito tem a ver, também, com a humana necessidade de criar ídolos e o inconfessável desejo de que os ídolos se derrubem.
Um abraço do teu amigo,
Eduardo Galeanoterça-feira, 9 de março de 2010
O BÊBADO, A EQUILIBRISTA E A BOLA
Trôpega em sua ânsia de (mal)informar seus telespectadores a tal “grande” mídia brasileira resolveu mais uma vez “esquentar” o mercado da Copa do MUNDO (ÊPA!), a partir do episódio “ADRIANO-BRIGA-COM-A-NAMORADA-QUE-QUEBRA-O-CARRO-DE-TODO- MUNDO (ÊPA!), com um profundo estudo de “especialistas” sobre esses viciados que, mesmo bêbados e desequilibrados, sempre desequilibram com uma bola (a outra) entre as pernas e “um João” à frente.
E aí; desfilam em todos os canais (até nisso eles não se diferenciam) uma série de anônimos psicoquês a tentar explicar porque Garrincha, Maradona, Sócrates, Ronaldão e agora Adriano e Ronaldinho Gaucho não podem estragar o espetáculo pago pela FIFA, porque esse negócio de ser craque, gênio e “dono da bola” é só um detalhe no fantástico mundo (ÊPA!) televisivo e “perfeito”.
Então tá !
- fazer de um ninguém “dono da CBF”, só porque deu o golpe do baú certo, PODE !
- se locupletar como “cartola” através do talento alheio e da boa vontade do povão que paga, PODE !
SÓ NÃO PODE é beber, amar, fumar e fuder, pois isso tudo vai fazer você deixar de ser craque...
QUE SAUDADES DE FEOLA QUE DORMIA NO BANCO ENQUANTO OS BADs BOYs DA ÉPOCA COMIAM A BOLA.
O segredo é que nesta época “a equilibrista” não existia. E ÉRAMOS TODOS FELIZES !afagando... ainda em tua homengem
Carta de Repúdio
Nós, Conselheiras e Conselheiros do Conselho Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - CNPIR vimos através desta, repudiar a opinião expressada pelo excelentíssimo senador da república sr. Demóstenes Torres, Presidente da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania do Senado Federal, no seu pronunciamento durante a Audiência Pública no Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF), no dia 03 de Março de 2010, que analisava o recurso instituído pelo Partido Democratas contra as Cotas para Negros na Universidade de Brasília.
Na oportunidade o mesmo afirmou que: as mulheres negras não foram vítimas dos abusos sexuais, dos estupros cometidos pelos Senhores de Escravos e, que houve sim consentimento por parte destas mulheres. Na sua opinião: Tudo era consensual!.
Três paulistas querendo contar vantagem pro Mineirim :
1º. paulista: - Eu tenho muito dinheiro... Vou comprar o Citibank!
2º. paulista: - Eu sou muito rico... Comprarei a Fiat Automóveis
3º. paulista: - Eu sou um magnata... Vou comprar a Usiminas
E os três ficam esperando o que o mineiro vai falar.
O Mineirim dá uma pitada num cigarro de paia, ingole a
saliva... faz uma pausa... e diz:
- Num vendo...
segunda-feira, 8 de março de 2010
Existem 3 mulheres na vida de um homem: a mulher eterna; a mulher amiga e a mulher amor. A amada é eterna; não tem corpo, nem cheiro, é aquela a quem o homem ama sem tocar. A amiga é o descanso do homem, aceita-o sem perguntar e o atende e conforta nas suas bobagens e angústias. A amor é o fogo de todos os infernos, a exaltação e a insegurança, um viver em nível de abismo.
domingo, 7 de março de 2010
Os 21 Tipos de Orgasmos Femininos
1-Asmática ....................: Uhh ... Uhhh ... uhhh













